domingo, 8 de fevereiro de 2009

Razãoavelmente Louco

Sempre tive um problema com raciocínio lógico e com o passar do tempo até consegui me acostumar. Ao menos as idéias ainda fluiam, os pensamentos mesmo que absurdos conseguiam se agrupar de alguma forma e o mais importante, eu conseguia os exprimir.
Todavia nem o que parecia um irraciocínio, aquele pelo qual antes me fazia entender, nem ele parece fazer mais parte da minha vida. Você alguma vez acordou com um vácuo no cérebro ?
Sem pensar em nada ? É estranho, até um retardado (com o perdão da palavra) pensa em alguma coisa. Mas por uma desconhecida razão, hoje, não tenho raciocínio. Não tenho o mínimo. Talvez ao afirmar isso eu tenha que ter raciocinado o fato de eu não ter raciocínio. Se esse texto ainda fizer mero sentido, ao final me restituirei de forças e enfrentarei meu medo de um dia ter que me abster de todo e qualquer tipo de comentário, ainda que em função de coisa boba, por não ter o que dizer ou por não saber mesmo.

Contudo, no momento sou isso. Isso que não sei que sou. Que não sei ser, ser que não sei não ser. Estou perdido em um emaranhado de pensamentos, preso à idéias transcendentais. No entanto creio que ao trazer a debate esses pensamentos e idéias, receberia críticas através de presentes como aquela simpática camisa branca, com vários recursos para se prender ao corpo do consumidor, o que nunca cai em desuso, branco representa a paz e os adereços que essas camisas possuem são super dignos, o que deixa a pessoa um tanto estilosa, sem contar que te protegem do frio.

Pois bem, senhores! Em uma tentativa quase que não-frustrada dessa vez de tentar compreender o porquê de um dia acordarmos borbulhando perspectivas, espumando pensamentos, chorando criatividade, sorrindo 'gran finales' e em outros simplesmente não esboçarmos qualquer que seja a expressão mesmo que não acompanhada de pequenos surtos de alguma coisa, percebo que a pessoa humana, ou a mente humana, nunca vai ser ela mesma em sua plenitude, daí a difícil missão de conhecer o outro. Pois só conhecendo o outro é que acaba-se por conhecer a si próprio. Mas as pessoas se atém automáticamente quando flagram alguma tentativa de um conhecimento mais profundo para com elas, a mente humana é capaz de coisas que duvidamos, talvez a pessoa nem saiba ao certo que está sendo objeto de estudo, me parece que todos nascemos com um espírito de auto-defesa [?], quando qualquer situação toma esse rumo do 'aprofundar'. O único momento na vida em que se conhece a essência de alguém em toda sua plenitude é na infância. Mas quando descobrimos que aquilo era a essência, nós já crescemos. Tanto nós como aquela coleguinha do primário que sem que soubessemos a estudávamos, pois como eu disse, o conhecer-se, vem do conhecer o outro sem projetar nele aquilo que queríamos ou queremos. Quando nos damos conta, estamos velhos e maleáveis, tendo perdido uma das únicas (ou talvez a única mesmo) oportunidade de se encontrar dentro dos outros ou os outros dentro de si. Em suma, acho que perdi minha oportunidade e agora fico aqui tentando me entender, raciocinar irraciocinavelmente em virtude de algo que desconheço e por isso me aguça a curiosidade, por isso me tira o sono, por isso cogito a hipótese de permanecer calando meus pensamentos e minhas idéias, é o medo de crescer e perder uma única coisa : a razão.

Para ajuda nas despesas com psiquiatra, críticas à base de camisa de força, cargos de confiança:
0800707070.

Boa noite senhores!

Um comentário:

Pamella Oliveira disse...

Ah, claro que eu sabia, desde o início, de quem se tratava, né? Até parece que naquele dia do MSN eu falei com muitas pessoas importantes :)!

Eu já, já acordei com essa vácuo, e às vezes também penso que tenho essa falta de raciocínio lógico. Perguntam-me algo e parece que meu cérebro não computa e depois, frente à resposta, eu digo:"Nossa, é mesmo!"

Ah, passei na UFJF! Lembra que estava esperando o resultado? :DD

Saudades, pequena!
;*