terça-feira, 26 de abril de 2011

Stacys Mom

Aqueles dias em que você acorda (ou nem dormiu mesmo) pensando em como nada faz sentido. Sem a mínima vontade de estar presente nessa peça chata e sem graça a qual chamamos de vida. Na sua cabeça só restam memórias, e muito mal memorizadas por sinal. Por mais que todos digam para você que isso o que está sentindo é passageiro, você sabe que não é. Nunca passará. Nos agarramos à falsas esperanças, à espera de que por um milagre a vida mude para melhor. Mas o que sempre acontece é ela vez ou outra se tornar suportável. Infelizmente existem momentos em que o suportável não é suficiente para continuar nos dando força de permanência nessa trajetória. O desprazer tem sido imensurável. Todas as coisas parecem terem saído de seus devidos lugares, se é que um dia estiveram. Entretanto estamos inertes, por ser a única coisa que conseguimos fazer, ou seja, não precisa se fazer. Nos mantemos aqui, cheios de lamentações. Tristezas. Dúvidas. Somos somente questionamento, puro mas complexo. Não sabemos a resposta que buscamos da vida, ou se buscamos mesmo alguma coisa. Pensar, pensar, pensar... isso não tem me feito mais inteligente e sim mais insano. Louco. À procura de algo que nem mesmo sei o que é. Forço-me a procurar por isso que desconheço, para que me sinta menos pior, para ver se a carga de culpa não caia sobre mim com o peso de algumas toneladas. Eu sinto saudades, saudades de mim. E é só o que sei no momento. Cuidado para não ficarem assim :)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Carta ao Nada

Querido Nada, por que é tão mais fácil acostumar com sua presença mesmo sendo nada, do que conviver com as conturbações de um tudo que existe e nos enlouquece? Por que o Nada mesmo representando a ausência das coisas não machuca a gente? O Tudo cheio de si vem com tudo e acaba conosco. O Nada é coisa alguma, quando se tem o nada não se sente falta, não se sente nada, simplesmente não SE sente. Como descrever você, Nada, se nada sabemos a seu respeito além do fato de ser nada? E o Tudo só existe porque existe o Nada, se o Nada não existisse não existiria o Tudo, ou existiria com outro nome. Não antônimo ao Nada. Só queria saber quem foi o infeliz que decretou que todas as coisas representariam TUDO e a falta de todas essas coisas representariam o NADA. Acho que estou vendo mais beleza no Nada ultimamente do que no Tudo. O Nada é aquela carta de amor que não foi escrita e ficou só na imaginação, todos ficaram bem. O Tudo é aquela carta que também foi escrita mas que foi mal interpretada. O nada é aquele amor que não pôde ser vivido mas que continua sendo amor ainda que sem o saber. O Tudo é aquele amor que viveu de alegrias, tristezas, decepções, medos, traições e chegou ao fim com corações partidos. O Nada é aquele pensamento assassino que pensou em matar mas desistiu no meio do caminho e poupou a vida de muitos. O Tudo é aquele assassino, que pensou, planejou, arquitetou e ainda teve êxito em sua ação. O Nada é aquele tapa que seus pais deixaram de lhe dar porque pensaram que você aprenderia levando tapas da vida, e eles tinham razão, ou não. O Tudo foi justamente o tapa que eles deram e você virou essa merda que é hoje. Às vezes é melhor continuar sentido o Nada ou não-sentindo, né? O Tudo vai te decepcionar mais tarde. Obrigado Nada, por eu ainda ter o livre arbítrio e poder escolher você.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mútuo Perpétuo

Já não sei mais o que é correto, se é que isso existe nos dias de hoje. Estamos aí, vivendo (ou pelo menos tentando) cheios de expectativas que mais tarde serão frustradas pela ignorância de muitos. Não faz mal, estamos acostumados e consequentemente conformados com a insatisfação, essa que nos acompanha desde os primórdios. Outros até poderiam estar satisfeitos com a insatisfação, parece ser o que sempre procuramos sem querer encontrar, mas ela aparece, feito um gato preto no meio da noite só porque você não curte gatos e é um puta superticioso. Não é pessimismo, é a vida como ela é. Embora não tenha que ser. Me sinto uma pessoa tão distante do mundo, das pessoas, dos sentimentos que outrora sucumbiam-me o ar, tiravam-me os pés do chão. Para onde foram? Há dias não acredito na beleza das palavras, há meses e quase ano sofro de um bloqueio mental ou sentimental, que seja, só queria saber o que houve. Pessoas existem para magoar umas às outras e corações foram feitos para serem quebrados, talvez essa seja a única verdade absoluta pairando sobre nossas cabeças todas as manhãs, quando hesitamos em dizer àquela pessoa o que realmente sentimos e o quanto isso significa para nós. Pessoas dormem pensando em outras pessoas, acordam pensando nas mesmas ou em outras, mas e daí? Somos fracos, somos tolos. Medo é prevalecer na incerteza. E muita gente vive na incerteza pois a única certeza que têm da vida é o medo. Pessoas movidas pelo medo na verdade não se movem. Ficam estagnadas, fadadas a conviver com o fracasso antecipado. Sofrerei de qualquer maneira mesmo, eles pensam. É como se eu ainda estivesse naquela fase dos meus 15 ou 16 anos, só agora vim a perceber que não importa quantos anos se tenha, as situações de vida (em todos os aspectos) continuarão se repetindo. O que vai mudar mesmo são os personagens, protagonista, antagonista, o script é sempre o mesmo, contado de vários ângulos e escrito de várias formas, porém é aquilo que estamos acostumados a vivenciar. Parar para refletir é enlouquecer. Podíamos 'enloucrescer' e parar de cometer os mesmos erros, é no mínimo hipócrita e presunçoso aquele que diz aprender com os próprios erros e não voltar a cometer os mesmos. Não estamos preparados para desvendar as misérias Mistérios da vida... será que a morte pode ser pior do que viver nesse mundo que só serve de bolha para retardados, idiotas, dentre tantos outros infelizes? Não é fácil amar, menos ainda odiar. É fácil ser indiferente, no entanto é doído, é pesado. Só enchergamos depois. Mas quem são essas pessoas que se importam com isso atualmente? O mundo mudou com uma rapidez absurda, aconteceu enquanto estivemos presos em nossa infurnação virtual ou até mesmo presos a um passado que deveria, para todos os efeitos, ficar no passado, mas não, insistimos em trazê-lo conosco. E o nome passado só é usado para dar título a coisas que em sua maioria não gostaríamos de lembrar mas que nossa mente insana cria inúmeras maneiras de trazê-lo à tona.