sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vizinha, A Mais Querida De Todas

16 de janeiro de 2009, o dia em que percebi que deixamos situações passar como se não fossem nada. E me arrependi. Tudo começou com um sonzinho de fundo, ao qual eu nunca pensei que fosse ouvir na minha vizinhança. Músicas de igreja, hinos, melhor dizendo. Me lembro bem de tê-las ouvido há algum tempo atrás, cantei junto, enquanto eu bebia com amigos. Alguns jovens de alguma igreja que eu não faço a mínima idéia de qual seja, tocavam e cantavam para uma menina, simpática, bonita e pelo visto absurdamente inteligente. Para a minha vizinha. Aquela cuja qual até hoje eu só havia cumpimentado com um sigelo "Oi", foram dois anos de "Oi's" e agora, no dia 16 de janeiro, achei que fosse aniversário dela, fui cumprimentá-la como as pessoas normais fazem. De primeira achei que ela estivesse fazendo aniversário, quando ela me disse que era uma despedida, entrei em "pane", tipo, comassim ela vai embora e nunca mais a cumprimentarei com um "Oi" ? É triste pensar isso. Era minha única vizinha do prédio ao lado a qual eu obtinha simpatia. E agora ela vai embora, não para muito longe mas acredito que agora será impossível vê-la novamente. Conversamos pouco mas com aquela vontade de saber um sobre o outro, aquela que nos impedimos durante dois longos anos de satisfazê-la. Incrível, eu senti que ela ficou cabisbaixa, provavelmente não mais que eu. EU! Que nunca pensei em falar um nada além de um 'oi' com a mesma, sinto nostalgia no momento. Sinto como se tivesse adiado uma amizade que poderia ser duradoura. Pela milésima vez me arrependo de algo que não fiz, ou que fiz mas poderia ter feito bem antes. Conversamos sobre coisas corriqueiras, sobre o fato de os primos dela terem conversado mais comigo do que a própria, eu ri. Ela riu. Foi então que descobri quem eram as crianças que estavam comunicando-se comigo (mesmo que de uma forma complexa) toda vez que eu chegada da janela, até então não sabia. Falamos sobre o que está acontecendo em nossas vidas no momento, sobre nossos futuros planos. Fiquei feliz de verdade, em ter tomado uma iniciativa para algo, depois de anos. Mesmo que fosse tarde demais como eu sei que é. Já sinto saudades daquele sorriso de cantinho de boca, daquele tchau básico quando ela entrava em seu prédio e me avistava FUMANDO na janela, mas com a mesma alegria de antes. Pensar que não mais verei minha vizinha querida (que nem sabe que é querida por mim) me deprime. Ao mesmo tempo estou super feliz por ela, vi que é uma pessoa super inteligente e fofa e que todo esse tempo de simples trocas de "Oi", ela merecia mesmo minha admiração. Agora espero pelo dia que nos encontraremos na UFMG, ainda que em cursos diferentes ou em outra federal, que seja, mas que nossa amizade possa se tornar concreta e não ficar na minha simples utopia do que poderia ter sido se acaso eu não tivesse demorado tanto a criar coragem para falar com ela. Vizinha, este post é pra você embora eu saiba que nunca saberá que isso é destinado a você e menos ainda lerá, ainda mais por estar uma porcaria e eu ter bebido todas (você viu), enfim, toda sorte do mundo para você, para mim, para nós. Você não me surpreendeu, a idéia que eu tinha de você era exatamente essa só demorei um pouco para confirmar, mesmo assim. Você é querida antes mesmo de saber disso. Felicidades e muito prazer em finalmente conhecê-la, menina linda.

2 comentários:

Unknown disse...

Ai cara, curti o seu blog, meio desabafo, meio terapiade grupo, e pq vc não pediu o telefone dela?
enfim bom o seu blog

Zé Gotinha disse...

HAHAHAHA, vou aceitar isso como um elogio mesmo, amigo :D
Terapia de Grupo, adorei deveras!rs

E eu não pedi o telefone porque na hora eu estava bêbado e fiquei com vergonha de ela me dar um fora. HEHE'

Quem sabe eu dou sorte de vê-la o dia que ela vier buscar o resto das coisas, né ? Obrigadão mesmo ;*