quarta-feira, 21 de novembro de 2012



HAVERÁ MURO MAIOR DO QUE O DA PRÓPRIA IGNORÂNCIA?



Há muros que nos guardam para nos proteger, assim como também há muros que nos separam, nos dissolvem... Dissolve nossa percepção, dissolve a clareza do pensar, do pensar no próximo. Muros feitos de concreto, como muitos corações por aí. Coincidência? Talvez, mas não se sabe ao certo se essa mesma realidade atual foi diferente algum dia. Os muros agora parecem nos guardar até de nós mesmos, esse é o medo de conhecer ao outro? Emparedamos-nos externa e internamente, o que é pior. Se com um muro imenso na porta de casa já nos separa do mundo, pior é quando fazemos isso por dentro e nos impedimos de assistir às pessoas. Ficamos bem enquanto estamos bem, se estivéssemos no lugar do outro, poderia ser diferente. É isso que faz com que a desigualdade se intensifique no mundo abstrato e concreto (como o muro)... Muros feitos de pura ignorância, puro descaso e intolerância... Mas afinal, quem deveria tolerar? Pois os menos favorecidos estão lá fora, correndo contra o tempo e no tempo, em busca de algo melhor para se viver, eles é quem toleram a grande parte da sociedade que os vê como parte podre do país, e nem sequer fazem questão de esconder que não se importam. O que falta nas pessoas é um pouco de visão periférica (solidarizada) a qual se atém aos princípios da dignidade humana como todos merecem e devem ser tratados. Hipocrisia seria dizer isso e não fazer parte da causa, mas precisamos nos comprometer a tirar as vendas dos nossos olhos, enxergar além das aparências, não sabemos se amanhã seremos nós que iremos precisar da compaixão de alguém... E se esse alguém for como você que colocou um muro se auto-separando do restante das pessoas que precisam? O visível e o invisível a essa altura se misturam e já não sabemos o que é muro de concreto e muro concretizado no coração... Eis que a única que pode nos ensinar e nos transformar em uma grande mudança, é a vida, e se não por amor, pode ser por dor [...]. 

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