sábado, 26 de abril de 2008

Lembranças.

É que não importa como você me vê, o que importa é o que eu realmente tenho pra mostrar. Sou o que se vê em uma moldura não tão simples, mas bem CLARA, literalmente... e você anda por aí procurando um sentido para que tudo que acontece em sua vida tenha explicação, mas não é fácil na prática. Ando procurando sentido para muitas coisas e definitivamente não o encontro, outras que nem faço questão, mas caso as entendesse não me queixaria.

E nem foi por isso exatamente que vim postar, mas no tempo em que levei para abrir o blog, sim, nesse intervalo... esqueci o que tinha em mente e estou desgostoso por isso. Minha aminésia ataca fortemente, principalmente quando é algo relevante que precisa ser dito (escrito, impresso, anunciado e etc)! Até que acostumei-me com tal infortúnio mesmo sendo deplorável, enfim, não me culpo. Reconheço meu esforço e sei também do meu cansaço, apesar de não reconhecer meu limite. Na verdade meu limite é a preguiça, rs! Disfarço preguiça com burrice, pois é brasil, desculpaê.

Milhões de idéias se misturam na minha cabeça, há tanto para ser falado e mal sei por onde começar. Sentimentos confusos e conturbados têm insistido em aliar-se à mim e não, isso não me deixa feliz. Só queria ser uma pessoa anormal, porque pessoas normais que têm dessas coisas de sentimentos, devaneios e afins né. Aliás, têm? Quem sabe o que é normal nesse mundo de hoje, não é mesmo? Pensando bem ninguém está livre disso, por mais que demore mais cedo ou mais tarde todos vão passar (...)

Por falar em passar, num passado não muito pretérito aconteceram coisas das quais me peguei lembrando hoje à tarde. O primeiro vôo (se não fosse por ele talvez não saberia que humanos não podem voar) apesar de só ter me rendido um pé quebrado e arranhões valeu o aprendizado, é. O primeiro afogamento (pelo menos aprendi a nadar, no desespero mas né...), aquele dia em que Raimundo Cego viu a luz do dia (isso aqui é mentira rs). A varanda de casa com vista para o cemitério, gente que horror, e mesmo pequeno nunca dei tamanha relevância para o fato, não a ponto de ficar com medo e questionar o porquê da coisa. Nada, era tão inocente que tinha medo de falar aquela tal gíria das antigas (se é que alguém lembra) " É ródis ", tinha medo disso, era falar algo assim e ficar sem os poucos dentes que estavam nascendo. Antes era o respeito, agora as crianças já saem do útero da mãe e quando o médico dá um tapinha para que ela chore, a mesma diz : "pára filho da puta" com ênfase no "puta", (deixe que eu exagere, o texto é meu uai). Gostaria de lembrar mais acontecimentos, até lembro, mesmo que não deva. Não fui uma criança criada em roça, talvez se tivesse sido nos últimos tempos escolheria me mandar para lá, mas só de pensar na hipótese me deprimo. Amo a poluição apesar de não valer de nada, a não ser acabar com saúde de todos. A minha inclusive que parece estar em risco, mas isso não me assusta, não que eu deseje morrer cedo vai... até os 30 no máximo! Como alguém disse, acho que devia ser o contrário o ciclo de vida : primeiro deveríamos nascer da morte, de velhos nos tornaríamos jovens, de jovens adolescentes, de adolescentes crianças, de crianças bebês e enfim pararíamos na barriga da mãe e daí pra lá não preciso concluir, vocês entenderam a linha de raciocínio. Voto para o milagre da vida ser invertido (sem conotação sexual) porque nos dicionários da vida e quem quiser pode olhar : invertido = homossexual. Ok, next.

Como é bom falar da infância; tempos de ouro. Quem tinha patinete era o Rei da rua. Mas o meu brinquedo predileto era a bola, fui craque, tá pensando ? Até o dia em que sem querer (?) fui chutar em direção ao meu amigo que estava no gol e por descuido não vi um senhor que passava em sua bicicleta verde, coitado. Lembro-me como se fosse ontem... um chute só e em poucos segundos o homenzinho da bicicleta verde estabacava-se no chão. Mas passou, e por uma irônia muito grande do destino mas MUITO mesmo, fui morar no bairro em que esse senhor morava pouco tempo depois, vejam vocês! Obviamente ele nunca fez nada contra mim (não que eu tenha guardado na memória). Outra cena muito indecorosa foi o dia em que cantamos uma música obscena para uma senhora que atendia pelo nome de Helena, um dia desses posto a música. A infeliz não queria devolver a bola que jogamos sem intenção na casa dela e não quis de implicância, só porque diziamos que a casa parecia um cemitério. Juro, tive tantos pesadelos com aquele lugar e nunca passei nem do portão. Essa é meio longa, acho que vou deixar para contar numa próxima, e sou mesmo MESTRE em deixar conversas, textos, assuntos inacabados. Sou burro, fikadik. Pois vou me recolher aos braços do orfeu! Por hoje é só pessoal, ass : Pernalonga.

Nenhum comentário: